Espaço fechado de valor desvairado
Almejado por tantos deslocados
Não há alojamento para todos
Construção de mais jaulas, mato desmatado.
E olham pelas grades sorridentes
Aqueles donos de sua prisão
Alienados, a zoológicos vão
Ter dó dos bichos presos permanentes.
Não percebem que eles próprios são presos
Em gaiolas de paredes bem decoradas
Conformados com o alto preço, ilesos.
Enjaulam-se como prendem manadas
Proliferam por sobre os indefesos
O homem destrói a natureza a pauladas.