domingo, 30 de novembro de 2014



Alguém tem que ser número na estatística da morte e padecer jovem de doenças; não da violência que é para termos prevalência do contrário estaríamos livres de qualquer decadência e livres para cuidar de nossas crianças _______________________________________internas.



sábado, 29 de novembro de 2014

Seres (in)visíveis





Conquiste chegar aos noventa anos de idade
Como brinde terás o abandono do todo!
A invisibilidade trará só saudade.
Em nossa sociedade só se vê o apodo.

Zomba da solidária pessoa que vê,
Tudo o que pode atrasar é aborrecível.
Rejeitados o gordo e o idoso: o invisível
São seres que ninguém quer conhecer.

Ser solidário é sinônimo de burrice.
Ajudar é antônimo de bem estar.
Visitar alguém doente é perder tempo.

Civilidade na desculpa da idiotice.
O ser visível é saudável e pode andar...
Doentes, pobres e idosos são um contratempo.



quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Sabe lá


Não há maior tristeza que olhar para os lados
e
não ver nada que lhe segure nesta vida;

Nada além da sua existência estrebuchando
ao
chão do verdadeiro nada de tala;


Existir apenas em relação
a
outro perdido que não lhe fala;

Não existir perante pavões coloridos
de
pulseiras douradas, suas jaulas em vida.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Para onde ir


Não há nada que não passe,
inclusive este verso, 
que já passou.

Passado fica pra trás
como este verso
presente no passado.

O futuro nada possui de certo
ou errado]
incluindo este verso
escrito sem futuro.


sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Óbice à Democracia




Temos alegria em óbice
Orbita-nos o silêncio!
Não há trégua de idiotice
Na sandice d’um juvêncio.

Torta d’agremiação,
Toda uma nação perplexa,
Por fatos d’uma complexa
Urbe viúva em negação.

Derrubar os obstáculos
Restauraria a alegria...
Da tamanha covardia
Lançada por seus tentáculos.



terça-feira, 11 de novembro de 2014

Trouxa



Não é porque não sou lavadeira
que não carrego trouxas
em tuas calças frouxas
pende mais que sua semeadeira.




segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Partido de mim




Hoje escuto músicas francesas e espanholas melancólicas algo em mim parte aqui dentro sem conseguir descrever o quê ao certo. vou além. aquém? sem direção e sem sentido me deito pois ficar em pé ou sentado me dói no físico desta parede de minh'alma. este desacerto interno machuca o puro e pueril estado de consciência e afeta a subconsciência de pronta letargia em solucionar quebra-cabeças marginais. fosse pedra teria mais tempo mas as paredes são orgânicas e não oferecem resistência tampouco resiliência. fragmento-me ao som de Piaf _____________________ não me vou bem.

Arcos



Ah, os arcos que saltei
para estar aqui 
e te beijar os 
pés...
---
depois de um pontapé
restam-me os arcos
---
estes não compartilho
são a minha
estória



domingo, 9 de novembro de 2014

Letras caídas


Vidas Secas (Nelson Pereira dos Santos, 1963)


I
Enquanto tropeço nas palavras
direcionadas 
a mim
deixo todas caírem.


II
Não tenho mais mãos
a segurar letras
tampouco ouso
jogar-me das pedras
fugir
de tão pouco
ao mesmo tempo muito
que me disseste em pouso
em meus ouvidos de sentir
matérias de antemão.


III
És livre para ir
vir
sou livre como as letras
por isso as deixo caírem
não tenho mãos!

IV
Sobrepujada arrogância
do sombrio juiz imaginário
a que me arremessaste quando
as letras caíram
além de meus pés
direto ao inferno dromedário.

V
Fujo
não apenas largo
deixo
corro
frouxo e desembestado
daquelas sentenças
de desavenças ao porvir.

VI
Quero paz
nada mais
nada menos
paz, é o que por mim
procurado.

VII
Que as letras caídas
possam inspirar
qualquer tema
poeta
além de mim
nestas faíscas
que queimam.


sábado, 8 de novembro de 2014

Minha Areia




Milhares de anos
a areia é formada
restos de equinodermas
e outros animais marinhos
com pouca ou nenhuma
mobilidade

Para em segundos
tu me escorreres
por entre
meus dedos.

9º BookCrossing Blogueiro



Convidado pela Luma a participar mais um ano da libertação de livros pelo BookCrossing, tive a felicidade de fotografar um dos que pegaram o livro, menos de 10 minutos depois de solto. acompanhem na sequência (livro escolhido dois livros "Braços Abertos" de minha autoria, 2009):



A DEDICATÓRIA



A SOLTURA (LOCAL: BEIRA-MAR DE FORTALEZA-CE)



A CAPTURA (EU SOU FOTÓGRAFO SUBAQUÁTICO, ESTAVA A UNS 100 METROS NO MAR)




Obrigado!

domingo, 2 de novembro de 2014

---




A água como fator tempo
impressa na imagem________
sem consentimento. 







sábado, 1 de novembro de 2014

A falta de silêncio





Já achincalharam tanto
por pouco
que deste ponto
nada mais faz sentido

O desejo de fazer
prevalecer o douto
saber ignóbil de pranto
traz um crime cometido

Por urbes de um canto
ao outro]
que não para de pronto
esvai massa cefálica
de cérebro derretido

Soçobra nada do ser
tudo por dizer
em silêncio maroto
ouvimos o gritar enlouquecido

Medonha face oposta
que não te reconheces
apesar de preces
sua outra face
salve-os ó santa foice]  

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...