País de distintos contrastes
Ora discreto, ora exasperante
Diferenças advindas da colônia
Consolidadas por relações de poder.
A mistura de raças
De religiões, culturas e economia
Cria-se o que se chama brasileiro
Do solitário ao coletivo formigueiro.
Das raças, as multicores
Das religiões, o sincretismo
Das culturas, uma bagunça
Da economia, um abismo.
Terras continentais a perder de vista
Conhecer o Brasil é tarefa difícil
O pouco que se pode, desvela brasis
Vários povos em um, utopia servil!
Se o povo é brasileiro
As diferenças denunciam o plural
Insistem na mídia: povo feliz e faceiro
Quando das normas vigentes e a moral
Surgirá alguém que grite:
Não somos uma nação!
Quem sabe uma população?!
Não!
Somos diversos brasis
Com aceitações servis
Do hino nacional: “...amor febril...”
Febre, cegueira e pasmaceira
O Brasil é Brasis.
Cristiano Melo, 28 de março de 2009.