segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Já deu


Já deu.
Esses dedos que me acompanham
As pernas que me levaram
O coração que tanto fez
O fígado que não conseguiu tanto
Era muito.

Já deu.
Esses olhos que tanto viram
A boca que tanto calou ao ver
Os dentes que quebraram a raiva
Mas ela sempre voltou
Acompanhada de remorso, culpa, tristeza e mágoa.
Era demais. Sempre foi.

Já deu.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

...

A chuva serena
Leva as lágrimas dos olhos
Limpeza da alma.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

3ª edição do Bookcrossing.






Com o convite de Luma do blogue Luz de Luma, participo desta 3ª edição do Book Crossing, do qual já participava por conta própria e, agora, é com alegria que participo junto aos amigos blogueiros e escritores, num esforço que fica mais visível, e a divulgação desta prática tão importante e solidária. A chuva só não atrapalhou os meus planos, pois aonde deixei, na parada de ônibus da 712/13 da Asa Norte, já tem até prateleiras de uma biblioteca comunitária, e os deixei, foram três livros, no banco da parada que é coberto.
Espero que esta prática continue e seja mais e mais difundida, não deixe um livro fechado a alimentar traças, só para enfeitar uma "biblioteca" em sua casa, deixe-o criar vida e viajar o mundo, favorecendo a cultura, a literatura. Boa sorte a todos e parabéns pela iniciativa Luma.

Os livros foram: Uma Coletânea em versos e prosa que participei: "A Livre Escrita", meu livro "Braços Abertos" e "Para viver com poesia" de Mário Quintana.



sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Pregos


Nem que eu estourasse os teus miolos
Os piolhos sairiam daqui de dentro

Nem que tu estourasses os meus miolos
Teus piolhos sairiam daí de dentro

Suavizar um esmeril com uma pluma
É um bocado de tempo que se precisa

Sonhar algo leve depois de encarar o diabo
É colar com cuspe um vaso de cristal quebrado

Ver além de um muro de lixo
É enxergar com os olhos arrancados

Respirar com uma faca de mentiras entalada
É uma dor que não se pode explicar

O ser depois do “vai-te” misturado ao bolo de pesadelos
É quase uma sina de vingar-se

Não há como matar o que já está morto

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