segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
domingo, 13 de janeiro de 2013
Tudo se partiu
tela de Ialovich, acervo pessoal.
Desde a tua partida aos gritos de pronto
Algo se partiu em mim.
Fragmentos de recordações
Que além de pranto
Arranhou algo em minha alma,
Em sua parte mais fina.
Mas que sina!
Foste embora aos berros
Enquanto fiquei aos prantos
Sem saber dos porquês
Dos motivos e sentido daquilo...
A confusão misturou horror e censura
Autoflagelo e culpa sem conhecimento.
Brotou-se a raiva
Irrompeu o ódio
Explodiu-se o que se morria ali.
Morte sem fala
Ida sem despedida
Mente ferida.
Tristeza que surge ácida
Corroendo sem trégua o estômago
Que já não consegue engolir.
Pois nada desceu ou descerá
Daquilo que nem sei
Entalado na garganta.
Apontando à memória e lembrança
Já sem esperança
Que tudo foi partido.
E eu transmutado em anoréxico
Conduzo os dias depois do bater a porta.
As chaves jogadas ao chão
Lágrimas de desespero em vão;
Sigo num buraco já feito
Por quem não conhecia de fato.
Se tenho algum lampejo de alegria
Esta, fraca, me conduz ao outro dia
Em que não há mais nada
Além da agonia.
Marcadores:
cristiano melo,
paixão,
poema de cristiano melo,
versos livres
Assinar:
Postagens (Atom)