sexta-feira, 24 de julho de 2015
Incompleto soneto
Não venho falar de coisas bonitas...
A minha tentativa inata é pensar
Para além das palavras benditas,
Rimas que poderão te fazer corar.
Eu venho falar de duras verdades
Guardadas no silêncio maldito
Em que se esconde nossa sociedade,
Sem espaço para o amor distinto.
Falta-me a coragem!
sexta-feira, 10 de julho de 2015
Liberdade
O claviculário de minha sorte
não guarda mais nada além da morte,
das portas cerradas nesta prisão
que me acercou n'algum corrimão.
não guarda mais nada além da morte,
das portas cerradas nesta prisão
que me acercou n'algum corrimão.
Quero poder sair
mas a jaula está aí,
aqui, que seja,
pois nada viceja.
mas a jaula está aí,
aqui, que seja,
pois nada viceja.
E as palavras que eram livres
agora se tornaram tristes
remendos de grafite em papel
arranhando em conhecido parcel.
agora se tornaram tristes
remendos de grafite em papel
arranhando em conhecido parcel.
Náufrago em letras sem portas,
que inspirariam algo, abertas.
pois que de metáfora
fiz-me de uma pequena ágora.
que inspirariam algo, abertas.
pois que de metáfora
fiz-me de uma pequena ágora.
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