Não venho falar de coisas bonitas
A minha tentativa inata é pensar
Para além das palavras benditas
Rimas que poderão te fazer corar
Eu venho falar de duras verdades
Guardadas no silêncio maldito
Em que se esconde nossa Sociedade
Sem espaço para o amor distinto
Fala mansa não trará luz alguma
Por isto tenho por sonho te falar
Palavras de porrete na testa tua
Nua, lânguida solta pela cama
Tua sofrência de realidade
Virá com a idade e com a dor que clama