No sonho que se sonha só
Não há imagem além do pó
Que se destila em meio ao calor
Rumo, sem rumo, só dó.
No sonho que se sonha só
Não há paz nem finca audaz
Só a busca incessante pela paz
Sem rumo, titubeantes no escuro.
No sonho que se sonha junto
Se juntam os pequenos
Os deixados pra trás de pronto
Sem rumo, aglutinantes espasmos.
No sonho que se sonha junto
Pode haver sonho, que o sol brilhe
Para afastar essa imundice
Rumo, em fila para a máquina que devora.