O cinismo não fura a parede,
Enredada no final da esperança,
Onde se encontra tal desconfiança.
Bastou o vento soprar nas raias
Das baias, defronte do mar revolto
Que bate, marola, desmancha a parede.
Ares do alarme interno intenso,
Na vaidosa timidez decerto,
O olhar que sopra o vento ao mar.
Acaba por desemparedar esperanças,
Amálgama dos elementos dali,
De cá, de onde surge um romance!
Cristiano Melo, 31 de Maio de 2010