texto para a blogagem coletiva sobre cartas de amor, promovido pelo FIO DE ARIADNE
Bem, eu sinto uma grande necessidade de expor o meu sentimento por você, de esvaziar algumas questões, de preencher lacunas... Mas percebo a sua fuga nesse momento, e devo confessar que doi muito, entristece mesmo, lá num cantinho de dentro do coração, algum lugar próximo do que poderia se chamar de alma. Doi, mas não enraivece.
É a sua escolha no momento, como já foi a minha outra vez.
O que de fato quero com esta carta é reafirmar o meu AMOR por você, e que eu ainda não aprendi a ser seu amigo-confidente, pois pelo que percebi é o que você tem a me oferecer agora, sinto muito, mas não posso, é mais forte do que eu, pelo menos por enquanto. Ao ouvir a sua voz, me vem recordações de um tempo em que eu poderia ter agido de modo diferente e ter sido feliz e ter feito você feliz, e isto me entristece muito, me deixa muito melancólico...
Nesses dias em que nos reaproximamos, eu senti uma ponta de esperança de poder viver de novo ao seu lado com uma nova perspectiva, senti isto de uma maneira muito forte. Nunca me esquecerei da noite que você adormeceu em meus braços na véspera de sua viagem.
Estou envolvido com a minha reaproximação da universidade, o que toma certo tempo. Não tenho interesse em deixar ninguém se aproximar de mim até esvaziar o sentimento que tenho por você, experimentei uma tentativa de aproximação e só serviu para confundir e desperdiçar o meu tempo.
Que essas letras, palavras escritas e frases possam te explicar o que eu não consegui em palavras faladas e gestos, e pelo menos uma vez sinta o meu amor, nem que seja derramado em letras.
Sinceramente
Cristiano Oliveira de Melo