quinta-feira, 31 de março de 2011

Aniversário

Poema escrito por Cíntia Thomé, e dedicado a nós dois que fazemos aniversário na mesma data: 31 de março. Obrigado Poetisa e amiga.


Rosa
Pra que te quero rosa?
Rosa
pra que te amo rosa?
Pra que me destes rosas
Se sou feita de carne
Se sou feita chorosa
Se sou feita
De tua água?
Se sou feita de bençãos
Se sou feita no outono
Das folhas do vento
Pra que me destes rosas
Se sou feita das esperas
Se sou feita de alegria contida?
Se sou feita de mágoa
Pra que rosa?
Se não há seu toque
Nem suas mãos?
Se sou feita do tempo
Pálida
Da sua ausência
Se sou feita
Como perfume de céu?






terça-feira, 29 de março de 2011

Lupis




Acreditava que a Lua mudava
A ordem do estado natural das coisas
Eu um simples lobisomem





domingo, 27 de março de 2011

Comunicação




Comunicação truncada.
Certeza de confusão;

Trancafiada informação,
Misteriosa afeição.
Certeza de confusão;

Sina confusa
Do conflito,
Batalhas simbólicas
Sinais indecodificáveis...

Confusão na certa!

Eu falo,
Tu não ouves.

Tu divagas,
Eu não escuto.

Com fusão das letras
Que não comunicam.

Como comunicar?
Eis a questão!


quinta-feira, 24 de março de 2011

SMS







És a beleza
Que vejo sempre,
Com a certeza
De teu sorriso alegre.


Teus olhos me fascinam
Oh, menino bonito.
Teus carinhos alegram
Meu/teu peito.





sábado, 19 de março de 2011

Diferenças

Como se pede que um poeta seja racional,
Que sua rotina dramática seja fria,
Que perceba o tempo sem relatividade fatal?!

Como se pode impedir um poeta de viver
De sua verve, mesmo que a musa seja estéril?!
Esta é a inspiração para este pobre diabo escrever.

Cruéis estórias podem sair de um poeta tolhido.
Ou pior, nenhum verso que traga sonhos
Em linhas de palavras por este trocadilho.

Recolhe-se, atônito e triste.
Com inspirações de poetar:
O amor não existe!

quinta-feira, 3 de março de 2011

...



Canção amarela
Todo começo é mui frágil_____
Primavera feliz






haicai presente no "Da métrica" do "Da métrica Ao caos".



terça-feira, 1 de março de 2011

Constructo





O dia arrasta lento
Seu rosto em pensamento.
A noite leva ligeiro
Seu sorriso faceiro.

Se relativo é posto em voga o tempo,
Em real esboço trago a esperança
Que tamborila ansiosa,
Antes de lhe ceder meu momento.

Toma banho,
Escorra água,
Limpa medo,
Enxuga pesadelo.

Com afeto entrego em mãos juntas,
Aquilo que considero sagrado
É, a meu modo, adequado
Que me coloco aparado de pontas.

Pele sensível,
Beijo tranquilo,
Olhos profundos,
Corpos unidos.

Venha então
O que se tem para vir.
Pois do tempo, temo não!
A vida que se pode construir.



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