sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Como você lê? Meme literário com sorteio

Em comemoração aos seis anos de seu blogue "Fio de Ariadne", Vanessa Anacleto nos brinda, leitores de seu blogue com presentes: livros de autores amigos da autora, onde me enquadro com muita alegria, ao participar com o meu livro Braços Abertos. 


Bem, aqui vão as minhas respostas às perguntas desta blogagem coletiva em homenagem ao Fio de Ariadne:




Como você lê?

Praticamente deitado na cama, mas às vezes na minha chaise de leitura (metido, né? Rs)

Prefere ler antes de dormir ou carrega o livro para onde quer que vá?

Eu ando com livros no carro, quarto, gaveta do consultório, trabalho etc. Não consigo ler um livro apenas. Geralmente leio uns seis ao mesmo tempo. Pode me chamar de viciado, é o que me considero, viciado em leitura. E, não gosto de ler antes de dormir, senão fico acordado.
Até em esteira de academia de ginástica, o livro está em minhas mãos. Ah, e foi um hábito que descobri para me deixar tranquilo (pelo menos apreensivo), ao entrar em algum voo (tenho fobia de avião).

Lê em ônibus lotado ou precisa de paz?

É melhor ler em paz, se existir barulho onde estou, busco um local menos barulhento, e nunca tentei ler em ônibus, até mesmo porque tem muito tempo que não ando neles. Mas recordo que quando pegava ônibus, eu não lia, mas passava a “leitura” em minha cabeça e começava a criar escritos e, quando chegava ao ponto, eu tinha por mania de pegar logo papel e caneta para escrever.

Usa marcador de página, marca a orelha ou fecha sem marcar e depois esquece onde estava?

Eu uso tudo isto, às vezes o livro fica parecendo uma zona de guerra, pois coloco marcadores em páginas que quero retornar ao terminá-lo.

Lê no parque, no restaurante, na sala de espera do dentista?

Como disse antes, leio em todos os lugares que vou. Ou leio ou escrevo, e na sala de espera do dentista (se for o meu, eu leio ou escrevo na cadeira do dentista). Hehehehe

Livro que estou lendo agora?

Bem, lá VÃO:

- “Conhecimento da Astrologia médica e psíquica” de Anna Maria Costa Ribeiro;
- “Portugal” de Miguel Torga;
- “A tirania da penitência” de Pascal Bruckner;
- livros técnicos em Ciência da Informação, Comunicação, Saúde e Política e:



Parabéns Vanessa!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

*O pianista




Para Pedro Calhao


De Piazzolla a Chopin, tocas as notas
Harmonia que encanta anjos na terra
Humildade aparece em suas festas
No sorriso que brota, pois não erra.

De VillaLobos a Beethoven vai
Deixar muda a plateia que se cala
A cada nota, do piano sai
Enchendo de amor toda aquela sala.

O pianista do dedo dourado
Toca a alma e faz-se o arrepiado
Do público que aplaude estupefato.

Traz paz, pura beleza com seu tato
O mundo fica mais belo, sem fardo
Pela inspiração que se vem do amado.



* soneto que fará parte do "Da Métrica" do " Da métrica ao caos" a ser publicado pela Editora Novitas

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Sobre sapos





Já disse, não adianta beijar sapo esperando que vire príncipe. Joga de volta na lagoa! "Ah, 'tá seca"..., balbuciam dali, entrego seca resposta: "joga no poeirão mesmo; "Ah, mas vai morrer", dizem, e eu retruco: "sapos não escolhem, apenas coaxam".

sábado, 3 de setembro de 2011

*Sétimo andar




Há algo de estranho...
Sim, há algo de estranho!
Virar a cabeça e não conseguir ver nada,
Aguçar o ouvido e não ouvir patavina.

Os sentidos embriagados por barbitúricos e álcool,
Álcool e mais barbitúricos,
Há algo de estranho quando tenta se aliviar com cortes.
Navalha afiada, pele desfiada.

Há alivio na dor do profundo?
Os sentidos desaparecem,
A brasa do cigarro já queimou a face.
Relance de uma cicatriz marca ao mundo.

Há algo de estranho...
Não, não há ou há?
Álcool, mais álcool, mais cortes,
Mais cicatrizes futuras.

Defunto ainda vivo com urubus ao ar,
A foto do porta-retrato rasgada,
A janela escancarada do sétimo andar,
Ninguém para telefonar.

Sim, algo perece junto aos sentidos!
Não se ouve, vê, sente, degusta ou cheira,
Só a cor do sangue pisado, coagulado
Dos cortes e das queimaduras.

Ninguém para o ouvir, tudo quieto.
Os gatos com comida para meses,
E as reses vão para o abate, sem sentir.
Há algo de estranho que se joga do sétimo andar!




*poema em versos brancos em "AO CAOS" de "Da métrica ao caos", próximo lançamento pela Editora Novitas 
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