Ler ao som de "Quem me vê sorrindo", do mestre Cartola.
Sou só risos a mostrar
meu bem estar,
a realidade me falta
aos pés.
Imperativo é o desejo de mascarar
a dor, a angústia, o bocejo...
que levariam ao incômodo
dos espinhos da verdade.
Melhor ficar na saudade
fora da realidade
me ver sorrindo em retratinho,
a ter o acinte de meu pranto enquadrado.
Não quero ser o tal,
apenas me amedronta
a pirotecnia a que o humanoide
acostumado está.
Mostro meu sorriso mais largo
não me torres,
não me torres,
não me torres.
não me torres.