sábado, 31 de janeiro de 2015

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Flor de laranjeira
Pende até cair
Quando o ciclo se renova.




sábado, 24 de janeiro de 2015

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O que levas daqui
quando a grande dama
vier para te acolher?




segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Viajante




Solta estas amarras.
Procura outras paisagens
pois que te sobram apenas viagens.




domingo, 18 de janeiro de 2015

Verde poeta




São tão variadas
as formas de versejar
que me acho verde em poesia.




Necessidade


Escrever é como respirar-
retirar do escritor sua livre escrita
é deixá-lo sem ar.




sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

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O olhar embaçado
fita o vazio sem ver
que o presente está ali



sábado, 3 de janeiro de 2015

Carta de amor






A manhã molhada intercalada de tempestade com garoa fina fez lembrar-me de você. Talvez por uma melancolia que tenha criado e guardado em meu subconsciente, só esperando o momento de aparecer e me fazer recordar.

Nossos caminhos estão tão distantes, quanto próximos na memória de seus beijos e conversas filosóficas ou banais, as brincadeiras na cama, as músicas, os versos... Tudo do que a arte se alimenta e viceja.

Para mim um marco na minha espiral temporal de sentidos, senti tanto amor por você naquela época que chegava a doer, como doído foi aceitar a separação, o deixar viver, o tocar o barco. Nunca esqueci de fato. Cada olhar, toques de cumplicidade, fora tudo guardado neste canto que chamo agora de melancolia e foi desperto pela chuvarada, ainda oscilante entre forte e fraca.

Se para você é uma surpresa ler este desabafo, basta lembrar-lhe daquela noite com Lua cheia onde estávamos bêbados e sozinhos na chapada, praticamente duas estrelas a mais no céu enluarado, de tão intenso que foi aquele instante, para mim é o meu instante, um marco no marco. E como foi prazeroso. O prazer em todos os sentidos mesmo ébrios, o amor só entorpeceu ainda mais nossa embriaguez iluminada.

Você é o amor da minha vida e saiba já!
Antes dos últimos pingos d'água.



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