imagem da internet, sem autoria
Porquanto a esperteza de um piolho
Engorda de tanto doce-amargo rubro
Disfarça a coceira com saliva anestésica
Entre os cabelos de sua ingênua presa.
Há afeto entre o bicho e a pele de repolho
Couro duro da cabeça vai pra dentro
Enquanto um disfarça o outro ouve música
O líquido vital é sugado pela incerteza.
Se a relação fosse de troca, olho por olho
Poder-se-ia dizer que era amor ao centro
Mas, um engordava e o outro comia mosca
Até o final da última gota sem beleza.
Ainda tentou catar o piolho
Esmagar com as unhas dos polegares de pronto
Já era tarde, desfaleceu como uma casca
Exaurida e morta, mais um cai pela realeza.
O rei piolho, farto, calma e tranquilamente busca outro
sangue.
Meu Deus !!!!!
ResponderExcluirCris,
ResponderExcluirPoema danado este seu. Gostei muito do jogo das imagens e do disfarce. Segue o meu poema para você. beijos!
DISFARCE - Regina Lyra
Se encontrares uma flor no caminho,
Não passa sem vê-la!
- Recado do pensamento.
Se uma rajada de vento
Refrescar-lhe o rosto
Pela mão da natureza,
Deposita carícia,
Sem malícia,
- Sua face trigueira.
Aceita-a sem desgaste,
Mesmo desfeita...
Se o sol queimar a pele,
Bronzear rosto,
Chama!
Clama!
- Não disfarça.
Lyra, Regina. Atos em Arte.São Paulo: Ed. Scortecci, 2006
Buscar outro...sempre é assim...
ResponderExcluirgde bju
lindo!!!
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