sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Diagnóstico



Algo de estranho começa a acontecer.
As pernas já não te levam para onde queres,
As mãos entortam os dedos quebrados em halteres,
A coluna dói e finda por endurecer.

De súbito, nem sabes como, muito menos quando;
Já estás a receber veneno na veia para melhorar.
Veneno! Este é o tratamento daquilo estranho a lhe dar
Melhora de um lado, piora do outro, um espanto.

Trôpego, tropeçando nas pernas recebe o diagnóstico:
Letras, números e uma doença com nome impronunciável...
E a pergunta na cabeça zonza, de que serve o nomeável?
Alívio ou cura não existem para algo deveras fatídico.

Incurável, grave, autoimune e tens que aprender
A aceitar que terás de tomar veneno o resto da vida.
O que lhe sobra dela, até o anoitecer,
Quando a morte talvez lhe cure a ferida.


Talvez! 



2 comentários:

  1. Cris,
    Forte Poema - Regina Lyra
    Forte como a poesia deve ser.
    Leva a força e a esperança
    Em um novo amanhecer.
    Beijos!

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  2. Oi, Cristiano!
    Ser paciente de uma doença incurável e dolorida é uma grande virtude!
    Não à toa, Stephen Hawking declarou ser favorável as pessoas terem o direito de optar se querem ou não viver.
    O 7º BookCrossing Blogueiro está chegando, preparado?

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