Algo de estranho começa a acontecer.
As pernas já não te levam para onde queres,
As mãos entortam os dedos quebrados em halteres,
A coluna dói e finda por endurecer.
De súbito, nem sabes como, muito menos quando;
Já estás a receber veneno na veia para melhorar.
Veneno! Este é o tratamento daquilo estranho a lhe dar
Melhora de um lado, piora do outro, um espanto.
Trôpego, tropeçando nas pernas recebe o diagnóstico:
Letras, números e uma doença com nome impronunciável...
E a pergunta na cabeça zonza, de que serve o nomeável?
Alívio ou cura não existem para algo deveras fatídico.
Incurável, grave, autoimune e tens que aprender
A aceitar que terás de tomar veneno o resto da vida.
O que lhe sobra dela, até o anoitecer,
Quando a morte talvez lhe cure a ferida.
Talvez!
Cris,
ResponderExcluirForte Poema - Regina Lyra
Forte como a poesia deve ser.
Leva a força e a esperança
Em um novo amanhecer.
Beijos!
Oi, Cristiano!
ResponderExcluirSer paciente de uma doença incurável e dolorida é uma grande virtude!
Não à toa, Stephen Hawking declarou ser favorável as pessoas terem o direito de optar se querem ou não viver.
O 7º BookCrossing Blogueiro está chegando, preparado?