sexta-feira, 11 de dezembro de 2015
sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
domingo, 8 de novembro de 2015
Era uma vez um coração...
Ainda há de brotar
A sombra de um perdão
Que hoje não tem não.
A sombra de um perdão
Que hoje não tem não.
Há apenas a criança
Que de porrete arrancaste,
Lampejo de qualquer confiança.
Que de porrete arrancaste,
Lampejo de qualquer confiança.
Até este dia chegar
Onde outrora batia um coração,
Tenho olhos fechados com uma mão.
Onde outrora batia um coração,
Tenho olhos fechados com uma mão.
Pois de que é tudo muito feio,
O que fizeste perecer,
Todo um mundo de centeio.
O que fizeste perecer,
Todo um mundo de centeio.
Semeio com paz e gotas de paciência!
quarta-feira, 21 de outubro de 2015
sexta-feira, 14 de agosto de 2015
Nos dias de hoje
A pressão de ser
causa uma depressão
aparente ou não
mesmo que não queira crer,
causa uma depressão
aparente ou não
mesmo que não queira crer,
E o tamanho dela
depende do que
se expôs na janela
antes do baque.
depende do que
se expôs na janela
antes do baque.
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sexta-feira, 24 de julho de 2015
Incompleto soneto
Não venho falar de coisas bonitas...
A minha tentativa inata é pensar
Para além das palavras benditas,
Rimas que poderão te fazer corar.
Eu venho falar de duras verdades
Guardadas no silêncio maldito
Em que se esconde nossa sociedade,
Sem espaço para o amor distinto.
Falta-me a coragem!
sexta-feira, 10 de julho de 2015
Liberdade
O claviculário de minha sorte
não guarda mais nada além da morte,
das portas cerradas nesta prisão
que me acercou n'algum corrimão.
não guarda mais nada além da morte,
das portas cerradas nesta prisão
que me acercou n'algum corrimão.
Quero poder sair
mas a jaula está aí,
aqui, que seja,
pois nada viceja.
mas a jaula está aí,
aqui, que seja,
pois nada viceja.
E as palavras que eram livres
agora se tornaram tristes
remendos de grafite em papel
arranhando em conhecido parcel.
agora se tornaram tristes
remendos de grafite em papel
arranhando em conhecido parcel.
Náufrago em letras sem portas,
que inspirariam algo, abertas.
pois que de metáfora
fiz-me de uma pequena ágora.
que inspirariam algo, abertas.
pois que de metáfora
fiz-me de uma pequena ágora.
quarta-feira, 10 de junho de 2015
sexta-feira, 8 de maio de 2015
quarta-feira, 6 de maio de 2015
domingo, 3 de maio de 2015
quarta-feira, 29 de abril de 2015
domingo, 26 de abril de 2015
quinta-feira, 23 de abril de 2015
sexta-feira, 10 de abril de 2015
Vendavais
a ventania na vela,
o vento parado do olho
do furacão
te leva pra lá e pra cá
ou te deixa estancado
____solte as amarras
e te agarras ao que vier
bem de leve,
pra não estancar.
o movimento é impreciso
mas imprescindível
para velejar...
do contrário
_____morra quieto!
quinta-feira, 9 de abril de 2015
(In)Seguranças
Segurava-se àquele fio
da última letra,
do último verso,
do último poema...
da última letra,
do último verso,
do último poema...
Segurava-se à esperança
da última fala,
da última sentença,
da última palavra...
da última fala,
da última sentença,
da última palavra...
Soltou-se e nada
nem nunca
mais foi e nem será
o mesmo.
nem nunca
mais foi e nem será
o mesmo.
sexta-feira, 20 de março de 2015
Cegueira
imagem retirada da web
Até onde a vista alcança
perdeu-se a esperança.
Emerge então a paciência
que já pede clemência
aos cegos
com dentes serrados
aos seus egos.quarta-feira, 11 de março de 2015
Coletividade
Formigueiro em polvorosa
algumas formigas
não querem rosa
alguma,
só o talo
que sustenta a flor.
algumas formigas
não querem rosa
alguma,
só o talo
que sustenta a flor.
Mesmo que a rainha
prefira rosas à bainhas
e que outras formigas
são, das rosas, amigas.
prefira rosas à bainhas
e que outras formigas
são, das rosas, amigas.
E nem estão aí pro falo
que representa o talo.
que representa o talo.
E a diferença entre as pétalas
e a coifa
é que a delicadeza
aspira a certeza
do grosseiro
que a sustente.
e a coifa
é que a delicadeza
aspira a certeza
do grosseiro
que a sustente.
Mas a rainha, as rosas, o talo e o formigueiro
poderiam conviver em harmonia
não fosse a batalha
entre as formigas
que se fizeram em berreiro.
eu prefiro e quero
o meu gosto
que nem do fazendeiro.
poderiam conviver em harmonia
não fosse a batalha
entre as formigas
que se fizeram em berreiro.
eu prefiro e quero
o meu gosto
que nem do fazendeiro.
sexta-feira, 6 de março de 2015
Economia
O capitalismo é autofágico
Logo após te comer
Trágico!
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quarta-feira, 4 de março de 2015
segunda-feira, 2 de março de 2015
se não escrever
vai doer
aquilo que quer
sair de
dentro do meu ser
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terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
...
Um suspiro quente
virou o meu pensamento
não mais aparente.
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sábado, 7 de fevereiro de 2015
Solidão
De que me serve a vida
se para respirar penso em você
que não conheço.
Para na penumbra de meu quarto
desenhar pensamentos com você
que não conheço.
Para que a esperança
se até dói a lembrança de você
que não conheço.
Para que viver
se em todo canto lhe vejo sem ter você
que não conheço.
Resta então a morte
essa desvirginada dama da noite
que - ainda - não conheço.
mas a sinto]
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015
terça-feira, 3 de fevereiro de 2015
sábado, 31 de janeiro de 2015
sábado, 24 de janeiro de 2015
---
O que levas daqui
quando a grande dama
vier para te acolher?
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segunda-feira, 19 de janeiro de 2015
domingo, 18 de janeiro de 2015
sexta-feira, 16 de janeiro de 2015
sábado, 3 de janeiro de 2015
Carta de amor
A manhã molhada intercalada de tempestade com garoa fina fez
lembrar-me de você. Talvez por uma melancolia que tenha criado e guardado em
meu subconsciente, só esperando o momento de aparecer e me fazer recordar.
Nossos caminhos estão tão distantes, quanto próximos na memória de seus beijos e conversas filosóficas ou banais, as brincadeiras na cama, as músicas, os versos... Tudo do que a arte se alimenta e viceja.
Para mim um marco na minha espiral temporal de sentidos,
senti tanto amor por você naquela época que chegava a doer, como doído foi
aceitar a separação, o deixar viver, o tocar o barco. Nunca esqueci de fato.
Cada olhar, toques de cumplicidade, fora tudo guardado neste canto que chamo
agora de melancolia e foi desperto pela chuvarada, ainda oscilante entre forte
e fraca.
Se para você é uma surpresa ler este desabafo, basta lembrar-lhe
daquela noite com Lua cheia onde estávamos bêbados e sozinhos na chapada,
praticamente duas estrelas a mais no céu enluarado, de tão intenso que foi
aquele instante, para mim é o meu instante, um marco no marco. E como foi
prazeroso. O prazer em todos os sentidos mesmo ébrios, o amor só entorpeceu
ainda mais nossa embriaguez iluminada.
Você é o amor da minha vida e saiba já!
Antes dos últimos pingos d'água.
Antes dos últimos pingos d'água.
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