segunda-feira, 31 de maio de 2010

Um romance

O cinismo não fura a parede,

Enredada no final da esperança,

Onde se encontra tal desconfiança.


Bastou o vento soprar nas raias

Das baias, defronte do mar revolto

Que bate, marola, desmancha a parede.


Ares do alarme interno intenso,

Na vaidosa timidez decerto,

O olhar que sopra o vento ao mar.


Acaba por desemparedar esperanças,

Amálgama dos elementos dali,

De cá, de onde surge um romance!


Cristiano Melo, 31 de Maio de 2010

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