Já tentei exorcizar meus infortúnios com bebida,
Mistura de barbitúrico com nicotina,
Anfetaminas e ansiolíticos de esquina.
Já tentei cortar os pulsos da palavra não-dita,
Enforcar o vexame do escândalo da mentira
Saltar do prédio com as costas na brisa.
Dizem que somos responsáveis pelos nossos atos
A felicidade e o sofrimento dependem de nós.
E a quem responsabilizar pelo fato entreatos?
Responsabilizar-se pelo que se diz e age como algoz
É no mínimo hombridade, mas qual o que de hiato.
O pobre diabo já nasce sem braços pra se quebrar sua noz.
Volto às divagações, meditar sobre as ações
Que eu me responsabilizo, sem óculos pra enxergar
O livro de palavras soltas que é a sua hedionda alegria.
Abra na página da confiança, energúmenas mutações
Do que se diz e como se age, livro sem leitura e com par,
De óculos para apunhalar no alvo que lhe cabia.
Cristiano Melo, 07 de Agosto de 2010
Perfeito!
ResponderExcluirQue bom que gostou, agora, manda em resoluções maiores, por e-mail.
ResponderExcluir:)
Poxa, Cris... Adorei tua poesia! Além de bem escrita com um ritmo maravilhoso de se ler!
ResponderExcluirAbraços
Muito bom Cris!!!!!!!!! Muito bom mesmo!
ResponderExcluirOi, Cristiano,
ResponderExcluirgostei das reflexões, das divagações que tanto passeiam pelos corações poetas. belo poema em conteúdo e forma!
um abç de Betha
Tita,
ResponderExcluirsempre fico feliz com seus comentários :)
Angélica,
Vindo de você é um tremendo elogio (saudades)
Betha,
Que bom que aportaste por aqui, mais uma colaboração muito bem-vinda