domingo, 1 de agosto de 2010

Ruim



A discussão entre o bem e o mal,
O ruim e o bom adentram séculos,
Permeia as fantasias que buscam
Comprovar a sua tese.

Dicotomia perigosa e fatal
A levantar guerras por binóculos
E dentro de seu lar que o amedrontam.
Genocídios corroborados em síntese.

Se o bem ou o mal existem de fato,
Pouco importa a quem se afeta.
Se o bom ou o ruim atingem o gato,
Vale ao mesmo saber de sua rabota.

Conjugar verbos de extermínio
O homem sempre soube fazer
Por conta do desrespeito à diferença
Em nome do bem ou do mal.

O soldado é tão obtuso e exímio,
Quanto o general de estrelas a cozer
Como a alma assustada nesta dança
Mórbida que não acompanha gestual.

Paz na Terra, dizem muitos,
E são justamente os que apedrejam
Em suas ideologias ridículas
Pobreza de reflexões realistas.

Um dia a Natureza cobrará seus frutos,
Não importando o lado de onde estejam
Serão todos destruídos como cutículas
Removidas de unhas adoecidas.

Poema integrante de PALAVRAÇÃO, a III Coletânea Scriptus da Editora Novitas

Um comentário:

  1. Hoje há muito mal ao redor da gente
    pessoinhas parecem que até gostam de fazê-lo.
    O mundo seria tao melhor com mais inocência e menos arrogância...

    adorei, caiu bem. Adoreiiiiiiiiiii bju

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