Sonhos são uma Lua
Clara quando cheia
Escura sem o reflexo
quarta-feira, 27 de abril de 2011
terça-feira, 26 de abril de 2011
Meus calos
O calo do pé direito
Faz menção ao usufruto.
Fruição deveras farta
De um gaudério batuta.
O do pé esquerdo dói
Oriundo de pisadas.
Pisão que quase destrói
Sentimentos e risadas.
As protuberâncias duras
Com ou sem líquido dentro:
Reflete de carnes puras
Calejadas pelo centro.
domingo, 17 de abril de 2011
sábado, 16 de abril de 2011
Vivo horizonte
Horizonte vivo
Do que se faz um ser,
Do que se constrói um homem,
Muralha que se queda.
Medo da insegura realidade,
Anseio pela quimera segurança,
Amálgama de mim,
De ti,
De nós...
Vê-se sem olhar,
Sabe-se sem conhecer...
Simples assim
Na sua complexidade
Do nascer da saudade!
Uma semana se passa,
Uma semana se abre...
E o horizonte ao longe,
Lindo,
Viçoso,
Vivo.
Aberto para nunca ser alcançado,
Mas desvelado,
Do sentimento real a crescer
No vivo horizonte da vida.
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sábado, 9 de abril de 2011
Resenha do livro "Caóticos de uma Mulher Crônica" de Tati Cavalcanti
Por Cristiano Melo
A narrativa descritiva de Tatiana Cavalcanti, em seu “Caóticos de uma mulher crônica”, é extremamente pessoal. A autora disseca seus anseios, medos, desejos e esperanças no cotidiano das grandes cidades, num mundo globalizado, levando o leitor a se identificar, de imediato ou um pouco mais lentamente, com algo de sua experiência. De um jeito ou de outro, não se sai ileso dessa identificação.
Com construções paradoxais de vida e morte, como no primeiro conto do livro “Dias de nostalgia e uma vontade absurda de sumir”, a autora busca justificar a impossibilidade de morrer vítima da saudade, muito embora tente, a todo instante, se matar por meio dela. Em "... milhares de mortes que nunca me matam de nada.”, indica-se o contraponto entre a morte metafórica, eufórica e a vida. Assim, percebe-se um dos eixos do livro: o remédio amargo sempre pode ser a solução para determinado problema.
Espirais de frases dicotômicas bem construídas, num labirinto neurótico a que todos estamos sujeitos, como no conto “Saída do labirinto da vida”, Tatiana escreve “... dói querer tanto e não sacar nunca que desejar não é sinônimo de conseguir.”, e balbucia “Eu só quero a saída.”. Soma-se a isso o seu "Ser para sempre”, que traz o desejo, o querer que não se tem facilmente e aquele que seja impossível de conseguir, este o que lhe traz mais prazer em sua busca.
Tatiana escarafuncha sua essência em todos os aspectos, dos recônditos mais profundos aos desejos mais superficiais, criando um conflito de interesses. Numa dicotomia demasiadamente humana, podem ser percebidas as neuroses que este conflito traz a ela e aos seus leitores.
Outro fato marcante no livro “Caóticos” é que a figura do interlocutor da autora é relegada a uma marionete, pois que a sua possível expressão, essência e desejos são ditados por ela: soberana absoluta em seu mundo caótico e sedutor.
Assim, a tríade que permeia, ou melhor, dá esteio a todo o livro são o desejo, o não ter e a morte, a partir dos quais se desdobram os variados contos, que constroem a colcha de retalhos que é a escritora e, por sua vez, os leitores.
Por fim, ao leitor desatento, o "Caóticos" pode parecer um livro com contos pueris. Ocorre que, em cada oração posta, lá está Tatiana apontando o esmeril que é viver nos dias de hoje. Dessa maneira, quem o lê se beneficia com possíveis saídas, indicadas pela autora, para os labirintos caóticos de cada um.
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Vai entender...
Da surpresa concebida,
Ao susto pálido dito,
Sim, não consigo o desdito.
Carne dura na subida.
Encontrar um par de dança,
Traz alegria ao roçado
De coxas sem esperança,
Trazida pelo alambrado.
Dancem muito e bem a valsa.
Vida aberta, fechadura
Sem chave, só a promessa
Feita por ninguém que fura.
Dos tropeços no começo,
Vem o conhecer do estranho,
Do novo e velho universo.
Amarras pobres de estanho.
Podem fugir do futuro,
Esquecerem do passado,
Darem no presente muro.
Mas, fiquem com vosso dado.
Pelas roladas do cubo
Ter-se-á todo o Destino
Desentalados do tubo
De buscar seu amor fino.
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Hiper Tensão
O coração já não é mais o mesmo
As artérias ficam túrgidas, há esperança?
O medo vem junto com as petéquias
Nauseabundo arrastando correntes de fumaça.
Cefaléia ininterrupta afoba o ser pasmo
Estava bem e alegre como uma criança
E agora? Um balão prestes a estourar enguias
Sedentas da humanidade guardada na lembrança.
Fugir de si, no momento em que injetam o remédio
Naquele instante entregue a um desconhecido
Que sorri com dentes amarelados por entre máscaras
Verdes de elástico no rosto do estranho.
Se algo vai te salvar, da dor no coração
Pela diminuição da pressão arterial
Não é discricionário de tua parte,
Sorte atada aos passos de teu padrão.
Recoste tua mão em meu peito
Ele bate apaixonado, mesmo intumescido
Tenhas paciência pelo regresso de teu amado
Pelo cuidado que vem de fato.
Quarteto em tela branca
Enquanto olhas para o teto de vidro,
A vida passa sem rasgar teu quadro
Limpo e branco, sem rabisco nem cor.
Dor ao perceber que a vida se fartou.
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quarta-feira, 6 de abril de 2011
Divulgação do livro "Um Mundo deste Tamanho" de Paulo Cotrim
Resenha retirada do site da FNAC sobre o livro:
"Neste livro, as grandes questões colocadas pela contemplação do firmamento e pelos fenómenos que atemorizaram ou encantaram os nossos antepassados são acompanhadas pelo enquadramento histórico das épocas em que estas interrogações foram colocadas. A compreensão da abóbada que, desde sempre, se sobrepôs a todos os que viveram no nosso planeta exigiu muita persistência, dedicação e uma inquebrantável vontade de saber sempre mais, muito mais."
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IV Coletânea Scriptus
Aguardem mais novidades em breve, e desde já agradeço aos meus leitores pelos incentivos, meus editores, meu irmão e família.
Cristiano Melo
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sábado, 2 de abril de 2011
Feijão com arroz e letras
Dão aquela água na boca
De quem senta, deita e levanta
Para ler.
Versos de rima métrica,
Sem medida,
Pueril.
Esmeril!
Versejar brasilidades
Como misturar
Cultura cerealífera
Com leguminosas.
Amido,
Vitaminas,
Ferro,
Proteínas...
As diferenças entre os aminoácidos,
Garantem a força nutritiva,
Do famoso feijão com arroz,
Entoam técnicos e cientistas.
A população agradece,
A diversidade em duas partes
Unidas como num poema,
Que nutre corpo e alma.
Versos deliciosos,
Nutritivos,
Brasileiros.
Feijão, arroz e letras!
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