I
Integrar
a entrega de
si
sonho de viver
em contraponto afinado
d’um sublime
maestro
seria imagem
concreta
acaso o
ocaso iminente
não
emergisse no horizonte.
II
constrói.
destrói.
espelho
sonoro
cru
humano.
sonoro
cru
humano.
adiante ao
tempo
balança
pende para a devastação
cada vez
mais ligeiro.
voraz.
III
inocentes
figuram
desfigurados
moribundos
ao relento
do ponteiro
nem saberia ousar
conhecer
d’onde veio
o âmbar ácido
a corroer
seu sagrado interior
IV
porquanto
a sinfonia
desanda
um instrumento
não se acerta
ao passo da orquestra
ao passo da orquestra
seja por ação
delinquente
de língua quente
ou omissão
pelo silêncio
na hora da
nota.
V
mais pra lá.
menos pra
cá.
VI
a beleza que
houvera
cede aos
tropeços
d’um após o
outro
até o ponto
d’onde o
contraponto
desanda das
mãos do maestro
numa
horrenda imagem dolorosa.
VII
alucinar que
ainda há tempo
é o último
fôlego
do mestre
mesmo naquela aflição
mesmo naquela aflição
em continuar
pois
sem esta esperança
pois
sem esta esperança
não poderia almejar
a volta
da melodia
primordial.
VIII
nesta
derradeira tentativa
baila sua
batuta
qual varinha
mágica
faíscas de
musas a reger
os músicos
ainda alienados
dormentes
com notas
mudas
desafinadas.
IX
o milagre de
sonhar traz
integração
capaz de
mudar
trazer a harmonia
de volta.
X
a plateia
ouve aliviada:
Paz.
E de braços abertos nos recebe a nós teus amigos (as) que te amam...e te aplaudimos com louvor querido amigo poeta!Mais uma obra belíssima, bem escrita, sensível, transparente, talentosa como só os grandes poetas podem escreve-la....uma verdadeira joia!
ResponderExcluirAmigos e Poetas, escritores e leitores. Poeta amiga, minha gratidão às suas palavras. Eis mais que bem recebida de Braços Abertos.
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