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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O que bebes?

foto de Alex Melo









O café me dá memória
Esquecido da estória
De não recordar teu rosto.

O vinho traz alegria
Tristeza que não teria
Se, sóbrio, fosse teu gosto.

A cachaça me entorpece
Medo da dor que adormece
A falta de tua mão.

A água me transparece
Enganado pela prece
De sonhar teu coração.

O veneno me liberta
Da gaiola dita certa
Por mim nesta solidão.

Bebida alguma me afeta
Desejos em linha reta;
Pois, o nosso amor é são.



terça-feira, 27 de julho de 2010

Veneno



Vaso venoso periférico sentencia
Os mais calibrosos tentam um desvio.
E o veneno indiferente circula,
Levando ao centro sua química configuração.

Desde a picada e sua inoculação,
Fígado e rins tentam coibi-lo
Danos que, se reversíveis, deixarão sequela.
O corpo assiste, passivo, sua falencia.

A cobra que pica com palavras
Afeta em graus variados o moribundo
Frases transformadas em veneno para cabras.

Cabra macho que cai nauseabundo
Hipertensão, depressão, angústia, larvas!
É o ganho de sua ingenuidade pelo mundo.


Cristiano Melo, 27 de Julho de 2010.
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