foto de Alex Melo
O café me dá memória
Esquecido da estória
Esquecido da estória
De não recordar teu rosto.
O vinho traz alegria
Tristeza que não teria
Se, sóbrio, fosse teu gosto.
A cachaça me entorpece
Medo da dor que adormece
A falta de tua mão.
A água me transparece
Enganado pela prece
De sonhar teu coração.
O veneno me liberta
Da gaiola dita certa
Por mim nesta solidão.
Bebida alguma me afeta
Desejos em linha reta;
Pois, o nosso amor é são.
As vezes tudo tem gosto de sangue.
ResponderExcluirÉ Poeta, sim, às vezes, como, também às vezes, o sangue é que dá o gosto!
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