terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Tolices





Poderia andar pela cidade inteira,
Mergulhar em todos os oceanos,
Perder-me por viajar o mundo em esteira.

Poderia descobrir a cura de todos os males,
Meditar até atingir a iluminação,
Trabalhar mais e comprar uma acomodação,
Embaralhar confuso a dança dos pares.

Poderia ficar calado,
Não escrever este poema mudo,
Sentar-me à beira da estrada,
Com a boca escancarada.

Poderia ser diferente,
Tomar por sorte a minha morte,
Enfeitar minha ansiedade com temores,
Recolher a disposição aos amores.

Mas são apenas tolices
Tolice apenas
A duras penas
Só tolices!



3 comentários:

  1. Não são tolices que te apena!! São ausências que nos dão pena. Há tolices doces, tolices amargas, tolices engraçadas... mas a ausência é a tolice que não se explica, apenas dói.. seja ela qual for!! Beijos de presença para você!! Continue escrevendo, pois seus poemas são presenças deliciosas para nós que te lemos. Kátia.

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  2. "Não são tolices que te apena!
    São ausências que nos dão pena"
    Teus comentários são poéticos minha querida Kátia.
    O que te agradeço sem tolices.
    beijos

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  3. Obrigado pelo elogio, pois vindo de você que escreve deliciosamente bem é um doce carinho. Na verdade, vem sem pretensão alguma. Leio o seu poema e reflito sobre ele, mas fico feliz em saber que nos meus cometários também há alma (rs). Beijos ternos querido!! Kátia.

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