terça-feira, 27 de julho de 2010

Veneno



Vaso venoso periférico sentencia
Os mais calibrosos tentam um desvio.
E o veneno indiferente circula,
Levando ao centro sua química configuração.

Desde a picada e sua inoculação,
Fígado e rins tentam coibi-lo
Danos que, se reversíveis, deixarão sequela.
O corpo assiste, passivo, sua falencia.

A cobra que pica com palavras
Afeta em graus variados o moribundo
Frases transformadas em veneno para cabras.

Cabra macho que cai nauseabundo
Hipertensão, depressão, angústia, larvas!
É o ganho de sua ingenuidade pelo mundo.


Cristiano Melo, 27 de Julho de 2010.

2 comentários:

  1. São venenos diversos
    Chagas que cabem
    Em antídotos versos

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  2. Grande Ivan,
    Muitas vezes desabafamos entre versos,
    Talvez esteja certo, este é um dos atídotos para venenos ditosos.
    abraços e obrigado

    ResponderExcluir

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