Ter medo da vida,
Mesmo sendo querida
É estar congelado, imobilizado.
Mexer-se causa espanto,
Como um boneco pode se levantar?
A vida cobra de seu canto.
Deixar de ser boneco
Lambuzar-se de vida
Mesmo com temor de pronto.
Eis o início do medo da morte.
Cristiano Melo, 22 de Janeiro de 2010
Não sou poeta, mas sempre arrisco uns versinhos intuitivos despreocupados com estilo:
ResponderExcluirHumano tolhido,
Homem inexperimentado.
Medo, reflexo distorcido
De alguém inabitado.
Crise de abstinência
Solidão e demência.
Morte vida
Mundo inabalado.
O seu poema é muito interessante mesmo, porém teve uma frase que me chamou a atenção:
ResponderExcluir"Lambuzar-se de vida"
Amei essa expressão!
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http://duventublog.blogspot.com/
Levi Ventura
Será possível não ter medo de nenhuma delas?
ResponderExcluiro seu poema é muito inspirador... :)
beijinho
Isabel
tive esse "insight" com meus 32 anos, dentro de um cinema...( não importam os detalhes, agora...rs)
ResponderExcluircostumo dizer que, naquele momento tomei consciência pura da possibilidade inexorável do meu não existir...
Contudo, acabam passando, esses medos...ah! acabam mesmo !...
Uma coisa te digo, ao menos pra mim,"rolou" com mais frequência, curtir ao máximo, as coisas mais simples do que chamamos vida...
muito bom, como sempre, Poeta !
abraço
Joe
eu vivo.
ResponderExcluirdando certo ou não.
Livre para temer prisões.
A cobrança da vida é a morte.
Não tem outra sorte.
Não tem outro mote.
boneco não tem vida,
exceto o do Gepeto.
Todos os dias seja Lazaro,
Levanta, e mesmo zumbizando,
anda!