terça-feira, 23 de agosto de 2011

*Encantamento





Poderia não te ver
Observar-te apenas
Pela realidade dura
De meu julgamento vil.

Como encanto te perder
Ainda que sem as pernas
De uma paixão bela e pura
Com a ótica de um funil.

Apegar-me a uma parte
Que me mostraste de pronto;
Seria deixar a sorte
Jogada, só, a um canto.

Não quero mais este ser
Um engessado mecenas
Morto em sua própria agrura
Mais uma vez ignóbil.

Vejo-te além das partes
Não pudicas, meliantes;
Além do olhar apertado
Em meu peito registrado.

Ah, Estou encantado!


* Poema a ser integrado à Métrica do meu novo livro "Da métrica ao caos" pela Editora Novitas. Aguardem!

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