O alvorecer com luzes douradas
Pássaros que alegres despertam nas copas...
Não alegram este ser encharcado de cachaça
Nem amenizam o corte sanguíneo da separação.
Jogaste minha confiança junto ao ralo da sordidez.
Enquanto consolidava uma relação,
Seus vícios te levaram a promiscuidade
E apenas me resta lamber o que sobrou de mim.
Ao meio-dia não tenho fome,
Apenas desespero e cachaça,
Psicotrópicos e melancolia,
O fim se deu e outros fins se aproximam.
Ver teus pertences em minha casa
Dá-me enjôo e, nauseante,
Ateio fogo ao que um dia foi nosso.
Saia ao entardecer, não deixe pegada.
Vá-se com teus hábitos de sexo barato,
Que me resto encharcado de cachaça.
Reparos hepáticos são possíveis,
A traição pela traição, não!
Corre daqui, foge!
Pois do fogo que consome o que era nosso
As cinzas são minha herança e desgraça.
Cinza o céu que acima troveja.
Cristiano Melo, 24 de Fevereiro de 2009.
Em Tempos de Labacé é muito bom que caia uma chuva torrencial e lave e leve tudo. E que não reste nada. Ninguém merece herança desgraçada.
ResponderExcluirBelo poema. O céu troveja pra alertar. A água purifica.
* adorei o verso
Vá-se com seus hábitos de sexo barato
Que me resto encharcado de cachaça.
Gosto assim, também
Vai, com seus hábitos baratos
Que me resto encharcado de esperança
Reparos são possíveis
O perdão não
Corre daqui, some!
Pois do fogo que me aquece para o novo tempo
A luz é minha seguran~ça
Azul é o céu depois da chuva
Foi! Alívio
UFA!!! CD vc descreveu mesmo o que se passa por aqui, UFA again
ResponderExcluirAmigo!!!
ResponderExcluirE para nós, poetas que acreditamos, nos sobram as palavras...
nos salvam... nosdão força e alimento....
Estou por aqui!!!!!
Abraço!
tu deveria ter vindo, tu.
ResponderExcluirvai ficar me devendo uma visitinha. te adoro. beijos
Max, ainda bem que temos as palavras....
ResponderExcluirobrigado pela força meu caro amigo
abraços
Lua, Lua...
ResponderExcluirMinha linda querida, dá próxima vez, vou mesmo : )
Obrigado viu?
beijinhos