Desconcertante a percepção da vulnerabilidade,
Encontrar-se com alguém de um presente parado,
Que desperta síncopes de virilidade,
Inspirações no ser mundano, desenraizado.
Quisera embalar controlável a razão
Que teimosa corrobora, inconsequente,
A estranha descrente sensação
De ainda poder sonhar, delinquente!
Diferentes mundos, tão próximos...
Universos paralelos, tangenciáveis,
Entorpecidos na reciprocidade da íris.
A já costumeira e frustrante verborragia
Salta alegre por meio de incontidas palavras.
Unge em óleo sagrado a vulnerável alma macia,
Desconfiado em meio às inevitáveis prosas.
Beijar após décadas de encontros e desencontros...
Olhar estrábico que procura o outro,
Abraço que faz pulsar de pronto.
Mais uma quimera?
Um sonho a virar pesadelo?
Entregar-se para o vazio?
Quem sabe da possibilidade?
Vulnerabilidade!
19 de Abril de 2009.
Dúvida e fragilidade ( não necessariamente nessa ordem ... ) combinam . E voce tratou com muita qualidade o móvel do poetar . Parabéns. Abraço !
ResponderExcluirCaro Ivan, sua percepção sempre certeira!
ResponderExcluirOlhar aguçado com a experiência poética.
Muito obrigado meu caro
abraços
Vuknerável, mas talvez seja mais uma aventura
ResponderExcluirese vazio cheio de possibilidades assim seja
Sempre é uma aventura...As possibilidades nos trazem possiblidades...rs
ResponderExcluirMuito obrigado pelo comentário inteligente....
Cris
O efêmero é parte da vida, da paixão, dos amores. Vulnerável, mas cuide-se. Os sensíveis confundem.
ResponderExcluirBea,
ResponderExcluirsempre devemos nos cuidar, sempre... Mas a vulnerabilidade a que me refiro é lançar-se sobre a vida com coragem, sem amarras e com aquela alegria que vc sempre lembra.
Concordo perfeitamente que os sensíveis a confundem, eu mesmo acho que sou um deles...rs
Obrigado minha querida
beijos