O hóspede a quem acolhe com respeito,
Alegre, lhe dá a própria cama, desprendido,
Acorda da embriaguez para ir ao evento
Divide a comida e a intimidade do cotidiano.
Amigos de décadas, em conversas de bares
Sempre com uma multidão, nunca em dupla.
Descortina-se a fantasia da dentada nos calcanhares,
Da jugular exposta úmida e múltipla.
Hospedar quem acha que conhece
Abrir a casa ao ser que sorri falso
O rancor lhe desfere palavras sem prece.
Dos cacos soçobrados no cadafalso
Jaz atônito o hospedeiro precoce
Pelo ataque torpe do amigo falso.
Cristiano Melo, Julho de 2009.
Cristiano,
ResponderExcluirEu estou adorando os tons de tuas poesias ultimamente. Verdadeiras, palavras muito verdadeiras.
Abraço