segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Border

Arquear a brasa acesa do cigarro

Pendente ao calo que murcha.

Espancar a parede, simulacro de tua cara

Ausente no presente, presente no passado.


Estacar farpas embaixo da unha

Conspira a dor de tua alcunha.

Esfolar a pele, pedaço por pedaço,

Da pira ardente do poço demente.


Não chega a apontar caminho...

Sim, talvez possa

Não, não pode!

Caminhos, bem-vindos, são quimeras.


A era de ser compreendido

Joga a pura certa certeza, fodido!

Olhos trocados na dupla visão

Ao cerco fechado a mão.



Cristiano Melo, 30 de Outubro de 2009.

3 comentários:

  1. Caroa Amigo

    Saudade

    Estou em total melancolia nesses dias...voce sabe, não é? Mesmo que passe 'reto' sobre os dias...a energia, as pessoas falam...falam...
    mas estou vivendo a cada hora que se vai de uma maneira poética, sucumbindo igual pássaro em fogo cruzado, rs
    Bela poética, mas nós arianos temos que achar um jeito de termos mais gente feliz em nosso lado...sem depres e pits, apenas pessoas mais controláveis e responsaveis...comuns, pois há mais incomuns hoje, rs
    Hoje ninguem, quer ser responsável por nada e nem 'cativar' nada...


    bom beijos

    Madrid está chegando...

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  2. Acredito que não devemos brigar com o que não entendemos .... apenas alternar as estações da vida . Abraço !

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  3. Aprecio...

    Gôsto de tarde...no fim

    mas nunca tarde...

    se resta alguma brasa que arda.

    Liebe

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