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quinta-feira, 23 de julho de 2009

Finais

Reconhecer a fria noite que chega
Aos olhos da alma andarilha,
Gasta a pele da espinha em calafrios...

O punhal enferrujado
Que em seu peito é enterrado,
Causa-lhe o pavor da intimidade.

Abre o peito, a vida e os anseios
Traz junto ao amor a armadilha
Fartura de recalques de entrega.

O que se era amizade,
Torna-se furtivo o algoz
Daquilo que lhe é mais caro.

Sucumbe embasbacado
Ao golpe nas costas
E a injusta realidade.

Finais são tristes
Recomeços impossíveis
Uma amizade se vai.

Esperança que esvai.

Cristiano Melo, Julho de 2009.

sábado, 7 de março de 2009

Naquela Noite

Na noite catártica do grito da alma ferida,
Energia afasta e expele fungos mágicos!

Monólogos de dois noturnos famélicos,
Esvai a represa de angústia sentida.

Representantes díspares outrora conjugados
Assistem passiva e ativamente o final.

Planos e sonhos sordidamente destituídos
Relacionamento julgado e condenado a tal.

Dir-se-ia que todo fim é triste
Que se não tentou compreender o outro.

Dir-se-ia que a impermanência existe
Que surpresas são comuns sem lastro.

Serve a quem o desperdício do rumo?
Seguir a vida separados quando se acreditou...

Soçobra o luto em roto prumo,
Cadáveres sem tumba e acabou.

Na noite em que nos deixamos
Muito e pouco acontece inerte.

No dia em que acordei logrado à própria sorte
Muito e pouco despertamos.

Adeus!

Cristiano Melo, 07 de Março de 2009.
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