quarta-feira, 15 de abril de 2009

O vazio


Há um vazio,
Um buraco
Em todos os conscientes
Seres sencientes
Que sofrem e buscam tapá-lo
Com o que veem pela frente.

Bebida,
Droga,
Companhia,
Outra companhia
E outra...

Quanto mais se busca, mais se afasta
Da realidade do vazio
Mais se encontra nada.

Quanto mais se consolida
Os hábitos de procura
Criam-se vícios sóbrios.

O buraco é próprio,
Nada, nem ninguém, pode preenchê-lo
Só o pobre mancebo

Que deve concebê-lo,
Como seu aliado e amigo
O meu buraco vazio!

Cristiano Melo, 15 de Abril de 2009.

7 comentários:

  1. Sim existe o buraco
    E depois da constatação
    O que resta aos mortais
    É administrar a profundidade
    ... e as saídas ...
    abraço !!

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  2. Grande Ivan,
    mandou bem, como sempre...
    as saídas existem sim, ainda bem, mas não lhe é dado sem esforço, aliás não lhe é dado, há de se buscar o conforto na realidade, mesmo que este seja desconfortável.
    Paradoxos, paradoxos...
    Obrigado
    abraços

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  3. Somos maiores que nossos próprios vazios. O vazio é ilusão de nossos egos. A plenitude é a verdade. Precisamos acreditar nisto. Embora pareça tão difícil, é possivel. Ao perceber que somos e existimos, independente do outro, damos o primeiro passo. Confesso que também estou ainda nos primeiros passos...
    Um beijo, Cris.

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  4. Nydia,
    É isso mesmo, comungo da mesma percepção... Apesar de árduo, o caminho é este, e "deve" ser feito com alegria, mesmo nas tempestades mais fortes. O interessante do paradoxo é que existimos independente do outro e ao mesmo tempo todos estão interligados.
    Eita que a meditação se faz necessária diariamente...rs
    beijos

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  5. Existem as saídas...


    beijos meus poeta!

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  6. Cê,
    onde fica a mais próxima...?
    rs
    Obrigado querida,
    beijos

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