O pequeno malhado vira-lata,
Rebola o traseiro à minha frente.
Não confunde a origem de seu nome
Entretido nos sacos repletos de guloseimas.
Hoje mais adequado seria chamá-lo fura-sacos
Ou ainda cata-lixos
Quase não existem mais latas,
Mas muitos vira-latas.
Sinto-me como ele, ao meu redor
Ao procurar amor em latas
E por achar lixo uma tentação.
Os humanos indiferentes passam pelo bicho
Que cata seu alimento no lixão
Como eu não encontro humanos
E, de sobras, vivo a minha paixão.
Se alimentos e amor são comparáveis?
Claramente, a este poeta, sim.
Elementos básicos sobre a vida
Sem eles se morre de inanição.
Se o que não serve para uns
É largado ao meio-fio...
Para outros, torna-se tesouro
Realidades diferentes e mesma sina.
Olho para o vira-lata que me vê,
Reconhecemo-nos por um segundo.
Ele continua com o osso e o rabo que abana
Eu volto a mim, com uma reflexão!
Somos todos apaixonados vira-latas
Que de lixo e restos alimentamos nosso amor
E que assim, largados, sem rumo certo,
Pereceremos com tanta comida estragada.
Cristiano Melo, 26 de Março de 2009.
Rebola o traseiro à minha frente.
Não confunde a origem de seu nome
Entretido nos sacos repletos de guloseimas.
Hoje mais adequado seria chamá-lo fura-sacos
Ou ainda cata-lixos
Quase não existem mais latas,
Mas muitos vira-latas.
Sinto-me como ele, ao meu redor
Ao procurar amor em latas
E por achar lixo uma tentação.
Os humanos indiferentes passam pelo bicho
Que cata seu alimento no lixão
Como eu não encontro humanos
E, de sobras, vivo a minha paixão.
Se alimentos e amor são comparáveis?
Claramente, a este poeta, sim.
Elementos básicos sobre a vida
Sem eles se morre de inanição.
Se o que não serve para uns
É largado ao meio-fio...
Para outros, torna-se tesouro
Realidades diferentes e mesma sina.
Olho para o vira-lata que me vê,
Reconhecemo-nos por um segundo.
Ele continua com o osso e o rabo que abana
Eu volto a mim, com uma reflexão!
Somos todos apaixonados vira-latas
Que de lixo e restos alimentamos nosso amor
E que assim, largados, sem rumo certo,
Pereceremos com tanta comida estragada.
Cristiano Melo, 26 de Março de 2009.
Hummmmm...
ResponderExcluirAdorei. Vira-latas, exceto Srtaª Chica, são mais fortes. vivem dos restos porque sabem reconhecer o valor do que foi desprezado.
Quem perece é quem pénsa ter pedigree e finge ser o que não é.
Lindo poema. Lindo momento.
Bea, minha querida-irmã-de-tanta-coisa,
ResponderExcluirEu não havia postado as fotos dele, dá uma olhadinha...
A net daqui cai mais que qualquer coisa, por isto tenho de aproveitar enquanto não cai, qdo chove, cai....e isso também é bom....
Bom momento não?! O encontro com o seu eu!
beijos beijos
Cris
ResponderExcluirÀs vezes no lixo, se encontram preciosidades. Esta semana minha irmã chegou em casa com uma sacola enorme cheia de livros antigos, raridades, em estado perfeito. Encontrou em cima de um muro, numa caixa, que alguém ia jogar no lixo. Então... Não é tão raro também que alguém encontre um vira-latas na rua, se apaixone por ele, e o leve pra casa e cuide dele como se fosse um "poodle". E são felizes para sempre... ;)
Beijos
Bom final de semana!
Nydia, verdade que podemos encontrar coisas interessantes descartadas como lixo, mas utilizei a metáfora como coisas "negativas", que contaminam o ser amoroso... Agora, imagina eu com um cão para embarcar para Brasília, sem cartão de vacina e etc...e o ciúmes da Chica? rs
ResponderExcluirE depois acho que tinha dono, seria sequestro...rs2
Obrigado minha linda
beijos