No pagode na laje do namorado,
Azul-esverdeado como moldura,
Sacode o pouco pano da saia dourada
A mulata apaixonada do morro encantado.
Os amigos nos instrumentos de improviso
Com ajuda das palmas dos presentes,
Enfeitam e alegram a cadência e sorriso
Do orgulho do morro colorido.
O sol realça a pele de belo bronzeado
E o suor que escorre por entre os poros
Aumentam da vista comum a temperatura
Da mulata encantada do pouco vestido.
Assanhados tentam acompanhar os passos,
Desengonçadas arriscam um sapateado,
Divertidas crianças em plena doçura,
Sua família coletiva em alarido.
Frenético ritmo da brasilidade prateada...
Tum, baticum, tum, tum, baticum!
Finda-se o domingo de comilança e bebida:
Dorme tranqüila a mulata do morro encantado.
Cristiano Melo, 08 de Março de 2009.
Bela homenagem à mulher brasileira. Ter uma lage pra sacudir as cadeiras. Eita delicia de vida colorida pela simplicidade. a verdadeira alegria está no mais simples.
ResponderExcluirLindo, poema, Cristiano
CD,
ResponderExcluirfoi mesmo uma homenagem à mulher brasileira, no dia da mulher, pelo menos uma tentativa...rs
Obrigado pelo carinho
beijos
PS: delicia mesmo...