Espera-lhe ao lado da porta,
Enquanto não vem.
Espera-lhe com o fogo aceso
Do fogão à lenha,
Do seio em brasa.
Cheiros se confundem,
Enquanto não vem.
Os odores
Do sabão de coco,
Da colônia da venda,
Do frango caipira ao molho pardo,
Daquilo guardado.
Quer-lhe ousado!
Gritam acolá
E a face rubra cora
Antes do beijo,
Estupora!
Veio,
Foi!
Espera-lhe com panelas sujas,
Pratos engordurados,
Lençois manchados,
E o filho no ventre.
Grávida,
Enquanto não vem.
Cristiano Melo, 11 de julho de 2008.
pela pura simplicidade, sem rebuscos sua poesia é infinitamente poética.
ResponderExcluirRabiscos da alma,
ResponderExcluirmuitíssimo obrigado pelo comentário generoso.
São comentários como este que nos enriquece e nos dão força para continuar na senda da escrita.
Forte abraço e obrigado
Vixe, Angélica, havia esquecido que era você...rs
ResponderExcluirBeijos mil