Afogo-me em cigarros
A solidão e a ansiedade
Corroem ácidas
A roupa do rei.
Café, vinho, água, cigarros...
Noite insone
Virada pelo avesso
Nas cobertas do palácio.
Dragões para caçar
Salvar belas donzelas
Dar pão ao povo faminto
Atos heróicos de um narciso rei.
Desconstruo-me dessas fantasias
Não é carnaval, é vida tamponada
Viver na frágil ânsia de ser feliz
Enquanto a morte chega a todo instante.
Pura alergia da solidão,
Não há nada além de desconforto
Se não se aceita como se é
Um ser solitário e humano.
Cristiano Melo, 11 de Junho de 2009.
A solidão e a ansiedade
Corroem ácidas
A roupa do rei.
Café, vinho, água, cigarros...
Noite insone
Virada pelo avesso
Nas cobertas do palácio.
Dragões para caçar
Salvar belas donzelas
Dar pão ao povo faminto
Atos heróicos de um narciso rei.
Desconstruo-me dessas fantasias
Não é carnaval, é vida tamponada
Viver na frágil ânsia de ser feliz
Enquanto a morte chega a todo instante.
Pura alergia da solidão,
Não há nada além de desconforto
Se não se aceita como se é
Um ser solitário e humano.
Cristiano Melo, 11 de Junho de 2009.
...E a solidão é viciante, mais ou menos como disse Paulo Coelho!
ResponderExcluirótima a poesia!
Abraços
O rei está só... Súditos ou reis, a solidão quando chega, atinge a todos, sem distinção. Entra, devasta casebres e castelos e toma posse. Resta-nos conviver pacificamente com ela, ou expulsá-la. A escolha é só nossa, Cris...
ResponderExcluirbeijooo
Cristiano:
ResponderExcluirEu havia parado de fumar, havia seis anos ...
E penso estava cada vez pior !
Tenho conseguido morrer menos
fumando um palheiro
como fazia meu pai
quando eu era piá
apagava , acendia , apagava
E assim é que
fumo palheiro ...
cris,
ResponderExcluira solidão "é fera, a solidão devora"- nas palavras de alceu valença... todos nascemos e morremos sós - apesar de vivermos cercados e cerceados todo o tempo... a solidão é íntima e intransferível... Muito bom seu poema que compara a solidão do poder e o poder da solidão... grande abraço amigo DANILO