terça-feira, 23 de junho de 2009

Imobilidade


O medo congela
De todas as maneiras de pensar
O temor que paralisa,
Toma a alma de inércia, corpo fica.

O que de mais vil para se boicotar
É restar imovel, paralisado
A vida cobra movimento
Com lágrimas, não pare.

Aprende a fuga da realidade
Em tenra idade
Vício de permanecer no hábito
Garantia fantasiosa de jeito.

Começar o movimento, desde o momento
Em que o medo imobiliza
Espere a ponta e deslize
Desenrole a linha emaranhada de argumento

Drogas licitas e ilicitas corroem
Meditar ajuda a respirar
O medo por entre brumas
Alma que busca se libertar.

Não deixe a vida como está
Nem como ela é
Crie, recrie.
Guarde a morte como amiga.

E viva!

Cristiano Melo, 23 de Junho de 2009.

7 comentários:

  1. Mas muita coisa nos consome
    Até que alguma droga "lícita"
    Ajuda a esquecer ...
    Eu nunca dispensei minha garrafa de vinho...
    meu cigarro palheiro ... o mesmo de tabaco crioulo e folha de milho ... que meu pai queimava
    E queimavam juntos, quiçá , tantas dores , tantas perguntas sem respostas ....
    De um tempo que não me eram dadas as luzes de entender
    Enfim, meu amigo , belos versos , que nos convidam a viajar ...
    abraço !

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  2. Não sei porque vi um espelho nesses versos.
    Mas também enxerguei o futuro:

    "Não deixe a vida como está
    Nem como ela é
    Crie, recrie.
    Guarde a morte como amiga."

    Vou atrás!

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  3. O medo paralisa... Não nos deixa agir. Ótima poesia!
    Abraço

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  4. Aprende a fuga da realidade
    Em tenra idade
    Vício de permanecer no hábito
    Garantia fantasiosa de jeito.


    Bela poesia, não recisamos dos vícios, mas nos colocaram em bandeja e aí escolhemos, mas se temos vida , apenas precisamos de coisas e 'gentes' saudáveis, não desonestas, loucas e possuídas do mal que assola o mundo...temos que tratar das duas morte e vida...sem vícios...


    bju

    cintia thome

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  5. O lance é vc perder o medo do medo. Aí, meu querido fica bom de levar. sangue frio cabeça fria. coração morno, saca?

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  6. Esqueci de terminar meu comentário com
    FORA SARNEY.

    pbs: até acontecer alguma coisa tudo que eu escrever terá Fora Sarney;)

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  7. O medo nos amarra... ao mesmo tempo, nos mantém alertas. há que se ter equilíbrio... em tudo.
    beijo, cris.

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