sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Adagas lunares





Ludibriaste-me,
Este empecível
Lunático coração.

Esperei com calma
Perceber tua alma,
Tua essência,
Teu amor!

Encontrei teu desafeto
Tuas penhoras hipócritas
A lua que um dia me deste
Era de papelão

Não quero mais o teu amor!
Não mais.
“Pega o beco”
E a tua lua!

Vá embora!
De onde vieste:
Com esta tua mente
Pululante de mentiras

Quimeras acorrentadas.

Acode a experiência!
Desalmada,
Mostra
O que eu não perdi.

Santa!

Puta!

Despudorada mitômana!

Sai fora e me deixa!
Fico com o sabor do não começo.
Triste sina de um ser amoroso,
Puto emocional que sou.

Saiba! Não é ameaça:
Minhas emoções,
Já estão prontas para outra,
A tal da fila anda.

E a Lua
É dada por insana
Como me demonstra!

Incontestável
Circunstância
De meu coração-favela
Perecível.

Amor que já foi dela.

Adeus formosa lunática!
Fugiste com o dragão
Ao deixar este pulcro cavaleiro prateado.



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