sábado, 8 de janeiro de 2011

Alma da Informação


*Painel de Escher




Café, barbitúricos, cachaça e nada de sono,
Farofa, frango frito, costela assada,
Nada preenche o buraco da barrigada.
Olheiras amontoam num ser medonho.

O mundo em alta velocidade bruta
Desajustado que não acompanha se frustra
Sencientes em meio a uma revolução
Redes, comunidades, interatividade e comunicação.

O ser humano é desta monta capaz?
De focar em si e não em bruta fruta?

Perdido, atordoado, dormindo acordado
A mudança radical de informação
Não me deixa confortável nem antenado
Apenas disperso, estúpido sem solução.

Saudade dos tempos de criança
Brincadeiras alegres com primos
Na fazenda da bisa, sem balança
Nem insensatas cobranças de arrimos.

Burburinho de brincadeiras de roda
Pega-pega, esconde-esconde, Jo-ajuda
Diretas, não virtuais, reais com ingenuidade
Talvez eu seja um pessimista ou é a idade.

Arregaço curioso meu peito
O coração, pasmo, ainda está lá.
Mas não encontro minha alma acolá
Fugida para algum lugar de respeito!

Para além píncaros.





2 comentários:

  1. Adorei seu blog, me identifiquei com os assuntos que te tocam e adorei esse poema , também expressa um pouco do que sinto nesse mundo maluco em que vivemos!
    Um beijo Lu

    ResponderExcluir
  2. Seja bem-vinda Luciana,

    Obrigado e é uma alegria saber que um poema, um texto que escrevemos toca alguém em alguma parte.
    E, sobre o mundo maluco em que vivemos, prestar atenção, ficarmos conscientes, é extremamente necessário para a nossa saúde!

    beijo

    ResponderExcluir

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