Coleciono alianças de papel!
Beijo meu espelho de mim
Ludibriado pelo próprio céu.
Fumaça sólida que dura assim
Em meio a névoas de ouropel.
Faz-me dançar dores sem fim.
Elementos ilusórios embrionários
Da realidade verdadeira absoluta,
Que convive em meus brios.
Ordenho leite de pedra bruta!
Alimentos ineptos diários
Devorados por minha alegria venusta.
Se há algo de real na ilusão,
Não há verdade nem mentira,
Apenas a minha falsa visão.
Do mundo que me cerca e vira
Ao avesso numa própria prisão:
Existo apenas na minha razão.
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