Na penumbra de calafrios em seu quarto,
O ser solitário pressente o inominável.
Ânsia de ser ouvido
Com a voz embargada.
Grunhido estampido,
Cigarra entalada.
Ninguém lhe estende a mão!
Nem amigos de eras atrás,
Muito menos afetos de paz.
Esmorece calado com o tempo em vão.
Desejo,
Carência,
Sentimento.
Tempo!
Deixou-se deixar de ser
Cortou-se em busca de ter
Farrapos de um ser que sofre,
Com olhos críticos, a estrofe.
Resta algo a dizer,
Sempre há.
Não vá,
Fica!
Mas o querer não interfere!
Vão-se os anos nos vincos da face,
Nos dentes que caem um tanto precoce,
Cabelos ralos e brancos consoantes a febre.
Ainda na escuridão do quarto,
Algo escorre denso além do cotidiano.
Devaneios de ser ou não ser,
Não foi e não será, ter ou não ter...
As asas da esperança arrepiam suas costas,
Brilho vivo que aos poucos se afasta em cotas.
Amanhece,
A luz retorna,
E anuncia:
Jaz um corpo ao chão.
E, num traço roto,
Foi-se.
Não vá, fica!
ResponderExcluirNa escuridão do dia as luzes acendem iluminando o caminho.
Beijos
É VC O CRISTIANO QUE ESTÁ NO MEU FACEBOOK? SE É, PODE USAR MINHAS FOTOS EMS EUS TEXTOS
ResponderExcluirDIAS FELIZES
Grace Olsson
graceolsson.com/blog
Cris,
ResponderExcluirtodo dia, a cada momento, vamos e voltamos. Iluminar-se é tomar consciência, e isso não tem volta.
beijo e obrigado
Oi Grace,
ResponderExcluirSou eu sim,
Obrigado pela gentileza, olharei sim e desde já agradeço a sua generosidade.
um beijo