Entre o dente e o lábio inferior,
Há a saliva vinda da parótida.
Misturada com as demais glândulas,
Forma-se o cuspe protetor.
O mesmo cuspe que demonstra desgosto,
Escárnio, repulsa, vergonha e horror,
É o mesmo que lubrifica partes do amor,
Carnal, vá lá, mas não sem pudor deposto.
Cuspa
Cuspa
Cuspa...
Cospe
Cospe
Cospe...
Agora, engole o cuspe salivado,
Escarrado da fétida palavra
No bruto rosto por ti untado.
Glossite carniça a puta letra,
Engolfada úvula detido
Palato mole, sim, mole enfrenta.
Eu acho que você é o único dentista que eu não vejo como um sádico, talvez por ser poeta, além do tudo que você já faz.
ResponderExcluirUm abraço.
"toma um fósforo, acende teu cigarro,
ResponderExcluiro beijo, amigo, é a véspera do escarro"
e a saliva cuspida e escarrada,como uma secreção do corpo, templo, portanto sagrado, mesmo suja é expressão purificada: tanto que serve aos principios do amor.: lingua lingua corpo a corpo- seu poema escatol[ógico é bom: lembrou-me o eterno e o efêmero dadiva da vida humana.
A saliva também permite deliciar um bom prato
ResponderExcluirLubrifica o bolo alimentar
E assim, delicio-me com versos !
Dora,
ResponderExcluirassim eu fico todo prosa...rs, Talvez esteja mais pra masoquista que sádico, rs. Mas os dentistas pegaram esta fama por causa de alguns...hoje em dia é tão diferente!!!
Muito obrigado por vir aqui e comentar..
bjos
Grande Dan,
lembras-te bem do grande poeta... e que interpretação...adorei, "o eterno e o efêmero da vida humana"... Muito obrigado conterrâneo
abraços
Grande ivan,
bem lembrado, a tal expressão "encher a boca d'água" com algo que lhe apraz... Muito bem colocado,
obrigado
abraços