quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Bolhas de sabão



Bolhas de sabão soltas ao relento
Afinam e estouram no rumo aos céus,
Mirra antes de voar, é um desatento,
Medusas de esvoaçantes e tênues véus.

Arco-íris refletido na sua face,
Ar contido na esfera interior,
Fragilidade estável permanece
Da simples formação exterior.

Sinto-me como uma pequena bolha,
Feito de fantasia, sonho e sabão,
Criado na vida à espera da rolha.

Quando se pisoteia um coração
Papouca-se o desejo sem escolha:
As bolhas de sabão caem ao chão.


3 comentários:

  1. Há tempos a bolha de sabão também foi uma escolha minha para falar de sentimentos.

    "Fragilidade estável permanece"... isto é perfeito!

    Beijos

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  2. Meu querido Cristiano

    Que 2011 seja tão bom ou melhor que este que está a acabar. Conhecer a sua arte e o seu talento aqui no blogue, fez de mim melhor pessoa e abriu os meus horizontes.

    Abraço.

    António

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  3. Belo poema, Cris. Somos todos frágeis... Bolhas de sabão que algumas vezes gostariam de ser balão ;)
    Abraços menino, bom 2011!!

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