quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O elefante e a dália

Sim, não se sabia o porquê daquilo,

O elefante se escondia atrás de uma dália,

Poder-se-ia dizer que a tromba escondia a genitália,

Talvez, quisesse no seu subconsciente, amostrar o escondido.


Quem passasse por ali veria uma fantasia,

Um ser visível, intentando a invisibilidade.

Desconsertados, não olhavam e o elefante sorria,

Não, ninguém sabe de meu segredo à mostra e finalidade.


Tempo ecoa brisa nas pétalas

Elefante amedrontado

Folhas desonestas.


A tromba, a flor e o segredo ditado

Atado da cegueira de bestas,

Dália despetala de fato.



Cristiano Melo, 24 de Setembro de 2009.

6 comentários:

  1. Belo poema(como sempre).E para quando é seu livro?
    Você está sumido!Apareça mais!
    Abraços.

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  2. Caro J.,
    é o mestrado, ando quase sem tempo pra me coçar... Obrigado pela acolhida e pode aguardar ue o livro tá esquentando no forno, acho que até o final do ano sairá.
    abração

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  3. que coisa mais doce...
    Que bela fantasia,
    um elefante amedrontado
    escondendo o que é mostrado,
    e tendo a cumplicidade de uma dália...?
    Ora, ora, a quem ele pensava
    que tão inultimente enganaria?

    Adorei, adoro Elefantes
    e já me apaixonei por um Dhalia.

    Beijos, parabéns, tá lindo mesmo.

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  4. Dora,
    sua perspicácia e humor picante, sempre aguçados...
    Sim, é isso mesmo, como um elefante quer se esconder atrás de uma flor?
    só na fantasia dele e conivência dos próximos...
    Metáforas são boas né?
    rs, saudade de seus escritos...
    beijos e obrigado

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  5. Cara, que texto !! Adorei , como sempre. :-)

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  6. que bom Vanessa, fico muito alegre que tenha gostado
    : )

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