domingo, 17 de outubro de 2010

Descaminho

Sangue na derme
Cortada por verme

Escorre fugaz
A vida se esvai

Larvas ácidas
Escalpo suturado

Veneno, voo, tédio, vacina, sina

Fantasmas em correntes por eras
Distorcem a visão das feras

Magrelas esquálidas
Pulso na pulseira
Que cai da cadeira

Sim, não, sim, não

Talvez?

Reminiscências
Reticentes

Exclamações
Dementes

Vulto
Doente

Doi
Doi
Doi
Doi

Foi! 

2 comentários:

  1. Sempre tão frágil, a vida. Doi, doi, doi... E vai. Fiquei agoniada.
    Ótimo poema, Cristiano. Beijo!

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  2. Sensível,sem mêdo de mostrar o lado escuro da vida, que dói demais....

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