sexta-feira, 1 de maio de 2009

Amarga Humanidade


Zigotos inconscientes, moldes celulares
Umbilicóides débeis pós-parto, primeira morte
Massa disforme em modelação
Alienantes alienados, seres vivos mortos.

Morte
Nascimento
Morte
Nascimento
Morte

Viajantes famélicos de conhecimento
Urge a ponta escalada do buraco
Afogados em cova rasa
Nem dá pra escaldar
Só a guarda do coletivo esmagar.

Amargor causado sem louvor
Responsabilidade do atoleiro de bosta
Do cheiro diarréico do perfume francês.

Repugnante umbigo nas costas
Cavalgas em teu melhor amigo
Ludibrias e vampirizas
Vítimas da mesma estirpe
Mesma espécie.

Morre
Não nasça

Fútil esperança!

Cristiano Melo, 01 de Maio de 2009.

6 comentários:

  1. Amargo e escatolígicamente poético.
    Umbigo nas costas é imagem forte!

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  2. Estava com saudades de ler vc, acho que logo vou poder por a leitura em dia. Seu blog tá muito showww. Beijokas

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  3. Tudo é tempero, tudo é componente desse prato. Melhor comer amargo que morrer de fome. Não custa, também, reclamar com o cozinheiro, embora este pareça surdo.

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  4. Bea,
    escatologico? Eu? Imagina!!!
    Olha que queria até ter colocado mais palavras amargas e escatologicas... Forte né? Imaginar um umbigo nas costas...Mas é o que muitos fazem.
    Obrigado
    beijos

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  5. Angélica,
    também tenho saudades de ler você, sabes que és das minhas diletas leituras.
    Muito obrigado
    beijos

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  6. É isso aí Marcos, o tal cozinheiro é surdo...e acho que cego!
    Mas comer coisas amargar são interessantes, o lance é a amargura da alma... Realidades contrapostas no mesmo mundo, e eu viajante como sempre.
    obrigado
    abração

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