terça-feira, 2 de novembro de 2010

Da dor à morte

A dor irradia do coração
Direto para a alma um tanto assustada;
A energia sutil está alterada
O corpo fica inerte sem tesão.

Resta ao ser jogar-se aos urros no colchão
Enquanto a ignorância estampada
Aponta-lhe a palavra retesada
De visível e triste incompreensão.

Do primeiro sintoma ao derradeiro
Sessões de terapia e comprimidos
Amigos que vão e vem num berreiro.

A dor dá tréguas para os mais contidos
O alívio se apresenta passageiro
A morte surge nos sonhos queridos.


Um comentário:

  1. Um soneto que fragmenta a morte - morre-se diariamente - aos poucos sobrevive-se ...

    ResponderExcluir

Deixe aqui a sua impressão

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...