Para lembrar um pouco sobre as regras dos sonetos eles são estruturados em dois quartetos e dois tercetos , este sendo o mais comum, mas ainda há os sonetos estrambotos (três tercetos, muito comum no século XVII) e os sonetos ingleses (três quartetos independentes e um dístico).
Só para constar, me atenho mais ao chamado soneto italiano que é o mais comum (e mais fácil) risos.
Assim, existe a MÉTRICA (Em primeiro lugar, os versos devem possuir a mesma métrica, ou seja, o mesmo número de sílabas poéticas. Uma sílaba poética é bem diferente de uma sílaba comum. Versos com dez sílabas poéticas são chamados decassílabos. Outra forma famosa de escrever são os versos alexandrinos ou dodecassílabos [doze sílabas]);
O POSICIONAMENTO DAS RIMAS (entrelaçadas ou opostas - ABBA, alternadas (ABAB), emparelhadas (AABB), sendo que os tercetos são mais flexíveis);
E a SONORIDADE: sonetos decassílabos (versos heróicos, onde as sílabas poéticas tônicas são a sexta e a décima e os versos sáficos que as sílabas poéticas tônicas são a quarta, aoitava e a décima sílabas), sonetos dodecassílabos (versos alexandrinos possuem a quarta, a oitava e a décima-segundasílaba poética como sílabas fortes, ou a sexta, a décima e a décima-segunda).
POEMA SEM SER ADAPTADO A UM SONETO DECASSÍLABO DE RIMAS EMPARELHADAS COM SONORIDADE HERÓICA:
Vida e Morte
A bruma densa em que se encobrem os tesouros
Não poderia ter luz mais forte para encontrá-los
Que a própria vida, a existência na insistência
De viver a busca incessante do dourado sagrado.
Não se lhe dá de graça, pela sua graça
Espia por entre a bruma o esperado
Guarda firme o precioso encontrado
Continua a procura de mais da vida esparsa.
Se de cansaço senta e esquece
Diligente esteja para não seres roubado
Pois de vida vivem os vampiros.
Coragem! A mudança não fenece
Mosaico de tua vida untado
A morte te vê por entre os espinhos.
DEPOIS DE TRABALHADO:
A bruma densa que encobre tesouros
Confunde o ser na sua busca por ouros,
Da lida persistente em sua existência:
Para viver há de se ter paciência.
Não se lhe dá de graça como touros
Tateantes por entre a bruma de couros;
Encontrar um tesouro requer ciência
E uma contínua busca com insistência.
Se de cansaço assenta e adormece,
Atento fique para que não veja
A morte que se move e lhe conhece.
Coragem! A mudança não peleja
Destruir sua vida sem nenhuma prece,
Mesmo que a morte lhe brilha e deseja.
Obrigada pela aula, aprendi isso aos 11 anos, por aí, nem me lembrava mais.
ResponderExcluirAté copiei pro meu arquivo. :)
Beijos
Cris, devo ter tido aulas sobre a estrutura de um soneto, mais ou menos na mesma idade, agora fica aqui a dúvida/questão: que diabéisso ensinar soneto pra essa idade? Deixar-nos mais "maluquinhos" ainda? risos
ResponderExcluirEstamos trocando cópias hoje. hehehe
beijos